Tipos de tinta para sua casa: parede, piso, gesso, etc…
Para pintar sua casa, antes de qualquer coisa, é importante entender os tipos de tintas e produtos para pintura que serão usados. Dessa forma, é possível reduzir os custos de manutenção, reduzir os custos da pintura, e obter um resultado muito melhor para a decoração da sua casa. Vamos entender os tipos de tinta e produtos a serem usados na pintura.
Tintas base para pintura
Para um revestimento decorativo, e para um acabamento de qualidade, as camadas de base corretas para começar a pintura são essenciais. Existem dois tipos de camadas base que devem ser usadas em paredes: massa corrida e primer (não considerando as camadas de impermeabilização que fazem parte da alvenaria).
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- Massa corrida: a massa corrida é aplicada sobre superfícies de alvenaria para regularização da mesma, ou seja, para deixar a superfície pronta para receber a pintura. A massa corrida pode ser texturizada, através do uso de rolos, desempenadeiras, e massas corridas específicas para esse fim. Antes de sua aplicação sobre a parede e teto, o pintor deve lixar a mesma e também remover toda a tinta antiga, caso ela exista. Após a remoção, deve ser aplicado um selador sobre o reboco da parede, para garantir a fixação da massa corrida. Deve ser aguardado o prazo para o selador secar e então, aplicar a massa corrida. Após essa primeira demão ficar seca, ela deve ser lixada, e uma segunda demão deve ser aplicada. Apenas após 28 dias, com a massa completamente curada, é que deve ser aplicada a tinta. A massa corrida deve ser escolhida de acordo com o ambiente: externo ou interno.
- Primer: usado em superfícies novas, não revestidas. Protege o material por baixo e fornece uma boa base para novas demãos. Primers à base de óleo e à base de água estão disponíveis. O primer deve ser usado principalmente em superfícies de metal e madeira que serão pintados. O primer para paredes de gesso e drywall é geralmente chamado de preparador de superfícies. É necessário aplicar o primer para evitar que a tinta descasque, dando mais durabilidade para a tinta e para as superfícies pintadas. Duas demãos de primer, geralmente, já são suficientes para regularizar as superfícies e prepará-las para receber a tinta. Deve ser aguardado o prazo de cura do primer escolhido.
Diferença de tintas: brilho e durabilidade das tintas
Depois da aplicação das camadas base das tintas, podemos seguir para as tintas de acabamento. Há uma regra básica a seguir ao escolher um tipo de tinta para sua casa: quanto maior o brilho, mais durável é a tinta. Cada tipo de brilho terá uma durabilidade específica, além de aplicações decorativas diferenciadas. Dentro de cada grau de brilho, há diferentes produtos de fabricação para as tintas, que devem ser considerados. Porém, não adianta: a regra da durabilidade em relação ao brilho é a que mais vale na diferenciação entre os tipos de tinta.
Tinta de alto brilho
É o tipo de tinta mais durável e mais fácil de limpar de todos. É dura, ultra-brilhante, com boa reflexão de luz. Alto brilho é uma boa escolha para áreas onde há muitos toques de dedos, como armários, guarnições, e portas. Tintas de alto brilho, no entanto, tem muito brilho para paredes interiores. Como o alto brilho tende a mostrar muitos defeitos das superfícies onde a tinta é aplicada, deve ser dispendido um bom tempo preparando e nivelando a superfície para sua aplicação. Esse tipo de tinta é melhor para cozinhas, portas, e janelas, tendo uma durabilidade muito elevada. Ideal para ambientes externos, apesar do alto brilho não atrair muitos no quesito decoração.
Tinta semi brilhante
Boa para cômodos onde a umidade, gotejamentos, e as manchas de óleo podem atingir as paredes. Também é boa para rodapés e bordas que recebem muito abuso. Pode ser aplicada em cozinhas, banheiros, guarnições, trilhos de cadeiras, rodapés, com alta durabilidade. Para quem não quer tinta brilhante em ambientes externos, essa tinta pode ser uma ótima opção.
Tinta com toque de Cetim
Tem um brilho entre o semi brilhante e o fosco. É fácil de limpar, tornando esse tipo de tinta uma excelente opção para áreas de alto tráfego. Sua maior falha é que revela alguns problemas na aplicação, como defeitos nas cerdas do rolo ou pincel. Restaurações mais tarde podem ser complicadas. Ideal para quartos familiares, corredores, quartos das crianças. Tem alta durabilidade. Para fugir completamente do brilho em ambientes externos, essa é a tinta a escolher.
Tinta casca de ovo
Esse tipo de brilho é assim chamado porque ele é essencialmente um acabamento liso com pouco brilho, como um ovo de galinha. Geralmente é vendido como tinta fosca, apesar de ter certas diferenças. Esse tipo de tinta cobre as imperfeições da parede bem, e é um ótimo acabamento para espaços que não tem muito tráfego, impactos, ou arranhões. Salas de jantar, salas de estar, e salas de entretenimento são aplicações ideais para esse tipo de brilho de tinta, que tem uma média durabilidade.
Tinta fosca
Ideal para paredes que tem algo a esconder, esse tipo de tinta absorve mais luz do que reflete, luz. Esse tipo de tinta tem mais pigmentos, e irá fornecer a maior cobertura, que se traduz em economias em tempo e dinheiro. No entanto, é difícil de limpar sem arrancar a pintura junto com a sujeira. Sua aplicação é ideal para quartos dos adultos e outros cômodos interiores que não terão a presença de crianças, com uma durabilidade média a baixa.
Material de fabricação da tinta: essencial para escolher uma tinta para gesso, alvenaria, madeira, metal, etc
Além da durabilidade, que é o critério mais importante no tipo de tinta a escolher, o material usado também deve ser considerado. Esse material deve ser escolhido de acordo com a superfície que será pintada e o propósito do cômodo. Lembramos que antes da aplicação da tinta, ainda no reboco e chapisco das paredes, deve ser aplicada a impermeabilização apropriada. Damos algumas características de cada tipo de material nas tintas.
- Látex: fácil limpeza, durável e com secagem rápida, fazem do látex a melhor escolha para amadores. Pode ser aplicado mesmo sobre superfícies úmidas. É à prova de mofo. Pode ser incompatível com um acabamento à base de óleo anterior. Não deve ser diluído, e deve ser aplicado com um pincel ou rolo. Superfícies de alvenaria tem que estar bem niveladas para receber tinta látex. Ideal para superfícies de metal, madeira, drywall, e gesso.
- Acrílico: é um tipo de látex. É uma tinta diluída em água que seca ainda mais rápido do que a maioria e pode ser usada praticamente qualquer material de construção, incluindo alvenaria e metais adequadamente preparados. É aplicada da mesma forma que a tinta de látex. Assim como látex, a superfície de alvenaria tem que estar bem nivelada para receber a tinta acrílico. Ideal para madeira, metal, gesso, e drywall.
- Tinta alquídica: diluída em solvente, é uma tinta sintética de resina. Tem a maioria das mesmas propriedades que tintas à base de óleo, mas seca mais rapidamente. Pode ser aplicada sobre revestimentos de óleo ou revestimento de tinta alquídica mais antigos. Tem excelente poder de cobertura. Sua consistência mais densa faz da tinta alquídica mais cansativa para aplicar, mas faz um nivelamento da superfície bem melhor que o látex. Ideal para superfícies irregulares, principalmente de alvenaria. Como o solvente pode reagir com outros materiais, é recomendável evitar esse tipo de tinta para drywall, gesso, metal, e madeira, salvo quando a tinta alquídica é fabricada especificamente para esses materiais.
- Tinta óleo: tem secagem lenta (12 a 48 horas), odores fortes, e uma limpeza bem bagunçada. Alguns profissionais ainda usam por sua durabilidade. O tempo de secagem demorado deixa a pintura mais propensa a erros e mais suscetível à ação do tempo (chuva, umidade excessiva, etc). É ideal apenas para pinturas decorativas, em qualquer material. Pode ser uma boa opção também para a pintura de azulejos.
Como você escolhe a tinta para pintar sua casa? Você já teve problema com algum tipo de tinta específico? Qual foi o problema?
Sobre o autor
A mãe de André sempre gostou de fazer reformas na casa que tem em um sítio. André aprendeu com ela, e quando comprou seu apartamento, começou a projetar, reformar, e adaptar diversas coisas que não gostava. Como síndico do prédio, convenceu os moradores a trocar a rede elétrica da década de 70, trocar os extintores por modelos mais seguros, e adaptar as escadas do prédio com corrimões mais seguros. Hoje está com um projeto de um imóvel na zona rural, compartilhando no site 2 Quartos tudo que vai aprendendo sobre reformas, construção, e mercado imobiliário.
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